Princípios
que fundamentam a Homeopatia |
Para que a Vida se
manifeste é necessária a vontade de expressão (consciência, mente), um corpo (matéria) onde essa vontade possa expressar-se
e uma energia (energia vital) que organize,
transforme e dê atividade e expressão a
esse ser. |
A Energia
Vital é a força que mantém
a vida de forma dinâmica e harmônica,
para que o Espírito dotado de razão
que nos habita, cumpra os altos fins de sua
existência (Hahnemann). Ela é responsável
pela saúde. A doença (manifestada
pelos sintomas) é o resultado dinâmico
da tentativa da força vital em restaurar
a harmonia do organismo. |
Energia
(do grego, energeia): aquilo que põe
todas as coisas em atividade.
Aristóteles |
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Cada pessoa é
um ser único, com uma história única,
com necessidades e suscetibilidades individuais. Para
uma cura abrangente e permanente (dos sintomas) faz-se
necessária uma investigação e uma
abordagem terapêutica individualizada. |
A base
da prática homeopática |
O médico Samuel Hahnemann (1755-1843)
desenvolveu um sistema de cura baseado na observação
de que os sintomas presentes numa enfermidade natural
podem ser curados por medicamentos capazes de provocar
artificialmente os mesmos sintomas num organismo sadio.
A esse sistema chamou Homeopatia, cunhando o termo Alopatia
para definir o tratamento por opostos. |
A
prática da homeopatia consiste em interações
dinâmicas de campos energéticos.
É necessário perceber a unidade
que permeia a multiplicidade de sintomas, muitas
vezes confusos.
Whitmont |
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1. Cura pelos semelhantes:
esse princípio é antigo na história
da medicina. Hipócrates (460 a.C.) afirmava que
a regra simillia similibus curantur é norma tão
boa quanto contraria contrais. Os membros dessa escola
valorizavam a observação e desaprovavam
a especulação teórica.
O médico Paracelsus (1493-1543) enuncia o princípio:
o que produz a icterícia também cura a
icterícia e todas as suas espécies.
2. Experimentação no homem são: necessário investigar o poder patogenético
dos medicamentos, através da experimentação
no homem sadio, a fim de poder escolher entre eles aquele
cujas manifestações sintomáticas
constituam uma doença artificial, tão
semelhante quanto possível, à totalidade
dos sintomas principais da doença natural que
se quer curar.
3. Doses mínimas, infinitesimais: para reduzir as agravações atribuídas
ao efeito tóxico dos medicamentos, durante a
preparação Hahnemann diluiu e agitou vigorosa
e sucessivamente as substâncias (dinamização),
imaginando que dessa forma potencializaria o poder de
cura de cada medicamento, o que realmente aconteceu.
4. Remédio único: objetivando
a cura do doente e não da doença, reafirma
a necessidade de individualização dos
sintomas raros e peculiares do doente para a prescrição
de um medicamento homeopático semelhante.
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Para a homeopatia, a doença
(manifestada pelos sintomas) é uma tentativa
da Energia Vital de manter a integridade da vida.
As doenças agudas se caracterizam pela tentativa
do organismo de dar um fim ao desequilíbrio,
seja pela cura ou pela morte. A homeopatia pode auxiliar
para que a recuperação se dê num
tempo mais curto e de forma mais suave.
Nas doenças crônicas, o processo de cura
foi gravemente perturbado e há uma tendência
a desenvolver sintomas em órgãos cada
vez mais nobres; quando há chance de cura e na
vigência do tratamento homeopático, os
sintomas começarão a se deslocar dos níveis
mais vitais para os menos vitais, muitas vezes seguindo
a ordem inversa ao seu aparecimento. Pode acontecer
também uma crise de cura (agravação),
que geralmente anuncia um bom resultado. Neste caso,
o médico homeopata deve ser contatado para avaliar
o caso e indicar a melhor conduta.
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Samuel Hahnemann
(1755-1843) |
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