OUTUBRO ROSA

Laís Bertoche

A campanha é simbolizada pelo laço cor-de-rosa.




A campanha Outubro Rosa nasceu nos Estados Unidos na década de 1990, e ganhou âmbito mundial. Seu objetivo é estimular a participação da população no controle e prevenção do câncer de mama.

A data é celebrada anualmente, com o objetivo de compartilhar informações, conscientizando e informando sobre o câncer de mama, favorecendo a prevenção e do diagnóstico precoce e o maior acesso aos serviços especializados, aumentando assim as chances de cura e redução da mortalidade.

Durante este mês, diversas instituições públicas e privadas, disponibilizam exames gratuitos ou com preço reduzido, a fim de encorajar mulheres a realizar os exames, já que o câncer de mama é assintomático nos estágios iniciais – e, quando for o caso, iniciar imediatamente o tratamento.

Simbolismo da mama

Da concepção ao nascimento, da amamentação à atração sexual, os seios trazem consigo a força, o orgulho, o poder, a conquista e a vitória feminina. “Toda mulher, no fundo, deseja ser uma boa mãe e uma boa amante”, papeis simultaneamente representados pelos seios, afirma o cirurgião oncologista Antônio de Pádua Bertelli (Hospital da Beneficência Portuguesa de São Paulo).

O bebê humano e, portanto, nossa vida sobre a Terra, depende do leite materno, cujos seios também “saciam a fome dos homens maduros”, como diz um poema indiano escrito há mais e 4.000 anos. Essa saciedade madura talvez seja lembrança da satisfação experimentada quando ainda eram pequeninos, amamentados por suas mães...

Crença nos poderes do seio feminino

No mundo todo, há varias crenças que atribuem poderes sobrenaturais às mamas e ao leite materno, atribuindo-lhe poderes mágicos e curativos, não apenas em relação a crianças, mas também a adultos.

Toda essa riqueza na vida psíquica, cultural e social dos seios cobra também um alto preço psicológico, que pode se traduzir no medo exagerado que a mulher tem do que pode ameaçar sua higidez e integridade, como a velhice e as doenças que podem acomete-lo, especialmente o câncer. Abaixo apresento duas histórias que relatam esses sofrimentos.

Reza uma lenda sobre Iemanjá, a filha de Olokum, a deusa do mar. Casou-se e teve dez filhos orixás. De tanto amamentá-los, seus seios tornaram-se imensos, flácidos e balouçantes. Um dia, cansada de sua vida e de seu marido, Iemanjá fugiu para o oeste, onde vivia o rei Okere, que desejou casar-se com ela. Aceitou a proposta, mas impôs a condição de jamais zombar de seus seios.

Mas, um dia, voltando para casa bêbado e trôpego, fez galhofas e zombou deles. Iemanjá ofendeu-se e, magoada, fugiu levando consigo um pote que continha uma poção mágica, presente de sua mãe. Okere tenta por todos os meios impedir sua fuga. Na agonia, ela tropeça e cai, quebrando o pote e derramando a poção mágica, cujas águas se transformam num rio e conduzem Iemanjá para o mar de sua mãe, recusando-se desde então, a voltar para a terra.

Conta Heródoto, nas crônicas que escreveu sobre a Grécia antiga, que a rainha Atossa, esposa de Dario I, rei dos persas, por medo de perder a feminilidade, o marido, o prestígio e com isso o próprio valor como pessoa, escondeu o quanto pode um tumor no seio. Por fim, já não suportando o peso do seu segredo, se fez examinar às escondidas por um médico estrangeiro, de nome Demócedes, retido na Pérsia.

Astuto, o médico a fez prometer que se a curasse, ela o ajudaria a retornar à Grécia, sua terra natal. Não se sabe a natureza do tumor, mas a rainha ficou curada. Para cumprir o prometido, convence o rei Dario, seu marido, a enfrentar os gregos que os humilharam e derrotaram na batalha de Maratona, em 490 a.C. O médico, que foi infiltrado nas hostes inimigas como espião, aproveita e foge para sua terra natal.

Esse relato – meio verdadeiro, meio lendário – mostra que mesmo naquela época, a quase 2500 anos, numa cultura tão diferente da nossa, as mulheres já sentiam medo quando sentiam seus seios ameaçados, assumindo grandes riscos para preservá-los.

Todas essas narrativas, ao mesmo tempo em que revelam o enorme poder simbólico dos seios femininos, nos ajudam a entender os sentimentos que levam uma mulher a fugir de assuntos relacionados ao câncer de mama, negando-o. E, embora possamos perder a mama em sacro-oficio para o câncer, precisamos nos dar conta de que a feminilidade é algo que vai muito além delas.

Origem da palavra câncer


A palavra câncer vem do grego karkínos, que significa caranguejo, e foi utilizada pela primeira vez por Hipócrates (460-370 a.C.), o pai da medicina. Atribui-se a ele a primeira observação e do exame físico: ao tocá-lo, o nódulo principal se apresentava-se como uma carapaça com ramificações duras e frias, onde aportavam uma serie de vasos sanguíneos entumecidos (provavelmente um tumor de mama), configuração muito parecida a um caranguejo enterrado sob a pele. Foi ele que primeiro definiu a doença tal qual a conhecemos hoje.

Câncer é um nome genérico dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado de células. Nem todos os tumores são cancerosos (malignos) e os tumores benignos não se espalham pelo corpo (não dão metástases).

Classificação dos tumores

As neoplasias correspondem a uma forma não controlada de crescimento celular, também denominadas tumores. Podem ser benignas ou malignas, de acordo com o tipo de crescimento celular apresentado:

Neoplasia maligna: caracteriza o câncer propriamente dito. Possui um crescimento celular não controlado, com capacidade de invadir tecidos adjacentes. Suas células podem se disseminar e crescer em locais distantes da sua origem (metástase);

Neoplasia benigna: possui um crescimento celular controlado e suas células geralmente estão localizadas em uma única massa tumoral, circunscrita por cápsula ou tecidos adjacentes. Não há risco de metástase ou de invadir tecidos vizinhos.

Metástase é o crescimento neoplásico à distância, sem continuidade e sem dependência do foco primário, ou seja, é a disseminação do câncer para outros órgãos.
Câncer de mama em números

O câncer de mama é uma doença tumoral causada pela multiplicação de células anormais da mama. Há vários tipos de câncer de mama. Alguns evoluem de forma rápida, outros, não. A maioria dos casos tem bom prognóstico.

Depois do tumor de pele não melanoma, é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil, respondendo por cerca de 28% dos casos novos a cada ano. Embora raramente, também pode acometer homens, representando apenas 1% do total de casos da doença. Em relação à população mundial (7,2 bilhões de pessoas), 1,6 milhões tem câncer de mama, equivalendo a 0,02 % da população.

Estimativa de novos casos (2018 - INCA): 59.700 Número de mortes (2013 – SIM, DO MIN. SAUDE): 14.388, sendo 181 homens e 14.206 mulheres IDADE: relativamente raro antes dos 35 anos, sua incidência cresce progressivamente, especialmente após os 50 anos (acredita-se que exista uma relação direta com o tempo de exposição ao estresse ou agente agressor).
Câncer e estilo de vida

Cresce a cada ano o número de pessoas e de animais acometidos por algum tipo de neoplasia. O modelo econômico e social adotado por nossa sociedade – além das crescentes demandas emocionais – contribuem para um incremento da exposição a fatores estranhos ao organismo como poluição, agrotóxicos, irradiações, substancias sintéticas e outros, induzindo a um estado de estresse físico e psicoemocional permanente, por si só potencialmente carcinogênico.

Embora o câncer seja uma doença que envolve inúmeros fatores, já se observou que tanto o estresse físico como o emocional provoca importantes alterações no sistema imunológico, e, associados a fatores de risco no histórico do paciente, contribuir para o desenvolvimento de tumores, entre eles o câncer de mama, que como já vimos, é uma das doenças mais temidas pelas mulheres pelo modo como afeta a sexualidade e a própria imagem pessoal.

Definindo estresse


O estresse se caracteriza pela tensão, exaustão e desgaste físico e/ou emocional causado por estímulos externos e internos capazes de perturbar o equilíbrio homeostático do organismo e provocar respostas adaptativas mentais e físicas (especialmente através do aumento da secreção de adrenalina).

Mudanças bruscas no padrão ou estilo de vida, desemprego, gravidez, luto, doenças crônicas, dificuldades no trabalho e no relacionamento, por exemplo, tendem a provocar a eclosão de sentimentos de medo, tristeza, ansiedade e angustia. Se o desconforto persiste por longo intervalo de tempo, os recursos naturais para lidar com o problema podem não ser suficientes, e os mecanismos de defesa que foram ativados para lidar com o problema, começam a entrar em falência e perdem a eficiência, aumentando as chances da instalação de doenças como as cardiovasculares e o câncer.

O nível de stress varia de pessoa para pessoa: aquilo que pode ser estressante para um pode não ser para outro.

O câncer: fatores de risco

Precisamos abrir a mente para a existência do Espírito, que é a verdadeira sede da vida e que não está no corpo físico, mas que se utiliza dele para cumprir os altos fins de sua existência. Através de nossas crenças, entendimento e vontade, podemos diminuir ou aumentar as chances de manter a saúde do corpo e da alma, reduzindo ou acentuando o poder dos fatores de risco.

Um fator de risco é qualquer situação que aumente a probabilidade ou a chance de ocorrência de uma doença. Já se percebeu que determinados fatores aumentam o risco de desenvolver a doença, como a mudança do estilo de vida e a longevidade da vida das pessoas dos países mais desenvolvidos.

Cada tipo de câncer possui fatores de risco mais específicos. Alguns desses fatores, principalmente relacionados aos hábitos, podem ser controlados; a herança familiar e o carma podem ser alterados pelo conhecimento e aplicação de meios adequados; outros, como o sexo, a história pessoal e a idade não podem ser mudados.

De modo geral, o câncer surge quando o organismo (leia-se: sistema imunológico) não consegue superar a luta contra as agressões a que está sendo submetido. A presença de um ou mais fatores de risco não significa que a pessoa terá câncer. Além do mais, O câncer de mama não tem uma causa única e não se pode prever o quanto cada uma contribuiu para o seu aparecimento. Esses fatores podem ser intrínsecos ou extrínsecos:

FATORES INTRÍNSECOS

FATORES PRÓPRIOS DO CAMPO MÓRFICO


- Campo mórfico familiar: herança familiar e histórico familiar (fatores genéticos e hereditários), relacionados à presença de mutações em determinados genes, especialmente BRCA1 e BRCA2. Maior risco no caso de irmãs e mãe, tias e avós com história de câncer de mama, sobretudo em idade jovem.

- Campo mórfico pessoal: herança de vidas passadas (carma). É dito que entre 5% e 10% dos cânceres surgem por conta de defeitos genéticos hereditários. Os carmas e engramas (traumas de vidas passadas) são inscritos no mapa que é o DNA e na memória do campo astral.

- Sensibilidade ao estresse emocional e/ou físico;

FATORES PESSOAIS ORGÂNICOS

- Ser mulher;

- Idade (sobretudo após os 50 anos) aumenta o acumulo da exposição a agentes estressantes incorporados ao longo da vida, além das próprias alterações biológicas do envelhecimento;

- Fatores endócrinos (hormonal) e história reprodutiva: principalmente relacionado a estímulos do hormônio estrogênio e progesterona, produzidos pelos ovários. Habitualmente, os processos naturais mantêm os níveis desses hormônios de modo equilibrado.

• Menarca precoce (idade da primeira menstruação menor que 12 anos);
• Menopausa tardia (depois dos 55 anos);
• Mamas densas (mais tecido glandular e menos tecido adiposo);
• Gravidez tardia (primeira gravidez após os 30 anos);
• Nuliparidade (não ter tido filhos);
• Amamentar pouco;
• Anticonceptivos orais;
o• Reposição hormonal pós menopausa;

- Fatores emocionais que induzem a hábitos de modo geral;

- Obesidade, principalmente após a menopausa (10% das mortes);

- Sedentarismo;

FATORES EXTRÍNSECOS:

- Dietas e substâncias habitualmente utilizadas:

• Dieta pobre

• Substâncias estranhas ao organismo:

- Defumados, queijos mofados e conservantes;
- Carnes e gorduras animais.


• Drogas em geral

- Tabagismo: atualmente há evidencia de que aumenta o risco também do câncer de mama;
- Alcoólicos.


- Poluição ambiental;

- Ambientes insalubres, contaminados por certos vírus, fungos e bactérias. Cerca de 20% dos cânceres surgem devido a infecções, tais como hepatite B, hepatite C e vírus do papiloma humano (HPV);

- Radiação ionizante, proporcional à dose e à frequência. Doses altas ou moderadas de radiação ionizante (por exemplo, nas mulheres jovens expostas a tratamento de radioterapia no tórax);

- Radioterapia previa e frequente (mesmo em doses baixas) na região do tórax, frequente em mulheres expostas a dezenas de exames de mamografia;

- Violência doméstica e social, produzindo estresse e sintomas depressivos.

- Estresse e sintomas depressivos.

Hábitos e defesa do organismo

Desde a antiguidade se observa que pessoas com hábitos saudáveis têm maior resistência às doenças. O comprometimento prolongado dos sistemas biológicos pelo estresse emocional e físico (veja fatores desencadeantes) afetam diretamente o sistema imunológico, que, sobrecarregado, não consegue suportar a carga excessiva de trabalho.

Como resultado temos uma queda da imunidade, com maior suscetibilidade a transtornos emocionais como a depressão, doenças infecciosas, autoimunes e até mesmo o câncer. O inverso também é verdadeiro: pessoas gravemente doentes têm taxas de depressão de 5 a 10 vezes maior comparado aos clinicamente saudáveis, provavelmente decorrente do processo inflamatório observado no organismo. Corroborando essa hipótese, observou-se que o tratamento do processo infamatório faz desaparecer os sintomas depressivos.






De acordo com o site norte-americano Fit Sugar, alguns hábitos cotidianos que aumentam o estresse emocional – como pessimismo, mal humor, sentimentos de inadequação e desamparo, brigas constantes com o parceiro (segundo especialistas, casais que brigam muito levam 40% mais tempo para cicatrizar machucados do que aqueles que não discutem com frequência), vida afetiva pobre, um trabalho não gratificante – e o estresse físico – como dormir pouco ou tarde, alimentação inadequada, excesso de exercícios (provocando um estado inflamatório permanente no organismo) – exaurem o sistema imunológico, reduzindo as células de defesa e diminuindo as chances do organismo de se livrar dos agentes causadores de doenças tanto internos como externos.

Sistema imunológico


O sistema imunológico tem como função reconhecer agentes agressores internos e externos e defender o organismo da sua ação, restabelecendo a saúde. É constituído por um conjunto de estruturas e processos biológicos formados por uma rede de moléculas, células, tecidos e órgãos que asseguram essa proteção.

A resposta imunológica é desencadeada por uma sustância estranha ao corpo chamada antígeno. Este pode ser um vírus ou uma bactéria, ou mesmo células ou tecidos próprios (doenças autoimunes) e de outras pessoas, introduzidos por transfusão de sangue ou transplante.

Os antígenos são combatidos por substâncias que o próprio sistema imune produz, chamadas de anticorpos. Se o sistema imune não consegue combater de forma eficiente os invasores, o organismo sofre e adoece.

Outra função do sistema imunológico é atuar na limpeza do organismo, removendo as células mortas e propiciando a renovação de determinadas estruturas que poderiam dar origem a tumores cancerígenos. É também responsável pela rejeição de enxertos. No caso das doenças autoimunes, o sistema imunológico passa a não reconhecer algumas células ou substancias do organismo, que as ataca como se fossem uma substância estranha.

De modo geral, podemos considerar o sistema imunológico como um mecanismo natural que tem por objetivo a manutenção da vida no corpo. A emoção como fator desencadeante do câncer

Há algum tempo, a OMS observa que a saúde resulta do entrelaçamento harmônico de fatores físicos, sociais, emocionais e espirituais. Pesquisadores puderam identificar um estado de vulnerabilidade e adoecimento, provocado por um sofrimento emocional intenso e prolongado.

Em 1980, vários profissionais participaram de uma pesquisa sobre o papel da mágoa no surgimento de diversos problemas tanto cognitivos como emocionais. Concluíram que essa pode ser a origem da síndrome emocional do desamparo, que tem por base o sentimento de desesperança. Situações de intenso e prolongado sofrimento provocam alterações físicas, emocionais e imunológicas, resultando em um campo de vulnerabilidade que favorece o aparecimento da doença.

As mudanças no estilo de vida das últimas décadas foram intensas, mas as pessoas continuam sofrendo de desilusão, tristeza, falta de ânimo e estresse. Como uma alternativa para acalmar-se e desligar-se dos problemas, as mulheres têm aumentado o uso de bebidas alcoólicas e cigarro. Soma-se a isso, hábitos sedentários e o descuido com a alimentação, fatores que aumentam as chances de adoecer de câncer e por outras doenças relacionadas ao enfrentamento de situações de conflito. É sabido que o estresse e a mágoa provocam uma maior liberação de adrenalina ou cortisol e a recaptação da serotonina, afetando diretamente o corpo. A liberação continuada dessas substancias na corrente sanguínea, pode acabar provocando o aparecimento de câncer em diferentes órgãos.

Imunologia e células cancerosas

Embora o sistema imunológico tenha células responsáveis pela vigilância do organismo contra o ataque de células cancerígenas, um estresse físico ou emocional excessivo e continuo perturba diretamente a capacidade reativa do sistema imunológico. Como consequência imediata temos alterações nas células T de defesa, nas células NK (Natural Killer), na resposta de anticorpos e na função dos macrófagos, implicando em severas perturbações na saúde do indivíduo, que pode ter perdido a capacidade de conter a proliferação das células neoplásicas invasoras.

Devido aos efeitos das citocinas no Sistema Nervoso Centra, uma alteração significativa no sistema imunológico afeta o cérebro e a conduta. As citocinas têm importante papel na regeneração dos oligodendrócitos na produção de mielina (substância dos nervos e do cérebro). As citocinas pós-inflamatórias são responsáveis pela ocorrência de febre, anorexia, sono e fadiga, sintomas comuns nas doenças.

Componentes do sistema imune
(Fonte: www.alergias.med.br)

Linfócitos B: transformam-se em plasmócitos, que fazem os anticorpos;
Células T auxiliares (TH): produzem a imunidade celular (mediada por células);
Células Th6: ajudam no auto reconhecimento;
Células Tb: parece que “ligam” a reação alérgica;
Células NK (“assassinas naturais”): matam células cancerosas;
Macrófagos: comem partículas e processam os antígenos;
Basófilos e mastócitos: glóbulos brancos do sangue que liberam histamina e outros mediadores, como parte da reação alérgica;
Eosinófilos: glóbulos brancos que ajudam a matar os parasitas, e que também estão envolvidas na asma e na resposta alérgica.

A inflamação e o câncer

Inflamação é a resposta fisiológica natural do sistema imunológico quando se defende de uma infecção, substancias ou objetos estranhos e traumas. Normalmente, através do processo inflamatório, o organismo se livra dos invasores, a saúde seja restabelecida, e as células e tecidos se regenerem. Em média esse processo se resolve em poucas horas ou dias, mas em alguns casos a inflamação pode ser crônica, podendo durar semanas, meses e até anos, o que aumenta a chance de ter câncer.

O estresse também pode provocar o aumento de certas substâncias naturais (como o hormônio ACTH e a cortisona) que interferem no funcionamento do sistema imunológico, produzindo uma diminuição da resposta imunológica e aumentando a suscetibilidade do organismo aos vírus e agentes cancerígenos.

Como a inflamação pode causar câncer


Algumas vezes o sistema imunológico não consegue se livrar dos agentes agressores, provocando um estado inflamatório crônico. Por exemplo, úlceras gástricas são causadas por infecção crônicas causadas por bactérias, e gastrites podem aumentar a chance de câncer no estômago.

Quando a inflamação permanece por um longo período de tempo, pode sim estimular o crescimento de células cancerígenas. A inflamação crônica inibe também a imunidade do organismo, impossibilitando de reconhecer um câncer como estranho no corpo e rejeitá-lo.

Muitos, mas nem todos os cânceres estão associados a uma inflamação pré-existente. No entanto o câncer pode causar a inflamação que vai ajudá-lo a crescer e tomar outras partes do corpo (metástase).

O câncer de mama e as emoções

A psiconeuroimunologia – ciência responsável pelo estudo das relações entre as emoções, o sistema nervoso e as funções orgânicas – vem demonstrando que somos seres integrados, cujos pensamentos e emoções influenciam na química, nos hormônios e no funcionamento do sistema imunológico. Sabemos que as reações emocionais disparam a produção de uma série de substâncias que podem abalar a eficácia do sistema imune.

Uma pesquisa divulgada pelo Instituto Data Popular mostrou que 54% das mulheres, com histórico de câncer de mama, apontaram fatores emocionais como tristeza, mágoa e rancor como causas para a doença. Outros estudos evidenciaram que o surgimento do câncer de mama tem relação com conflitos de morte, divórcio, separação de filhos ou de parentes, etc. Algumas pessoas com menos recursos para lidar com conflitos (provavelmente ainda não desenvolveram esse dom em vidas passadas) podem, consequentemente, mergulhar no sofrimento durante anos, e prejudicam consideravelmente a resposta funcional do sistema imunológico.

Os cânceres que ocorrem em certas regiões do corpo feminino, como os de mama e do útero, frequentemente tem relação com o modo como se relacionou com sua genitora, como expressão sua feminilidade e experencia a relação com o parceiro, além de sua própria experiencia com a maternidade (que engloba o ser mãe de si mesma). Uma mulher dependente e frágil pode suprimir seus sentimentos negativos, que acabam por manifestar-se em doenças orgânicas, como o câncer de mama ou uterino. A doença é um sinal, um alerta, de que precisamos mudar alguma coisa no roteiro de nossa vida.

O câncer segundo a visão do Espírito


Segundo pesquisas, 98% das doenças são emocionais, 2% são genéticas e 1% são transmitidas em ambientes. Ou seja, a maioria das doenças do século XXI, como o câncer, são co-criadas por nós, seres humanos.

Esta não é a primeira vez que estamos na Terra e nem será a última. Como lembra o médico espirita Paulo Cesar Fructuoso, somos o produto exato do que fizemos, pensamos e falamos em vidas passadas. E somos nós que moldaremos nosso futuro de acordo com o comportamento atual.

As memórias herdadas da família de origem e de vidas passadas – crenças e emoções – produzem bloqueios no campo etérico e astral que impedem o fluxo natural da energia, represando e condensando vórtices energéticos que passam a funcionar de modo independente do restante do sistema.

Emoções e sentimentos de raiva, tristeza, mágoa, rancor, depressão, abandono, carências e medos produzem ilusões e reações que podem se acumular em determinadas regiões do corpo, e podendo “adoecer” células, tecidos e órgãos do corpo. Suas raízes se encontram nos registros encarnatórios de cada pessoa.
Já as substâncias estranhas que entram ou que deliberadamente são introduzidas no corpo, podem superar a capacidade de defesa do sistema imunológico, que entra em falência.

O câncer também pode se desenvolver em pessoas que tem hábitos saudáveis e atitudes mentais corretas. Nesse caso, lembro de Jean Yves Leloup, que afirma que o “corpo é o último a esquecer” – e liberar bloqueios energéticos plantados em vidas anteriores. Por isso, quando um transtorno como o câncer entra na nossa vida, tenhamos a certeza de que estamos expurgando os últimos resquícios de carmas passados, e liberando os últimos registros do corpo emocional.

Na visão espiritualista, em função dos sacrifícios que o câncer enseja, pode ser considerado ao mesmo tempo um processo de cura e uma oportunidade de resgate não só para o doente, mas, para toda a família.
Diagnóstico

O câncer coloca a pessoa diante de uma situação limite, e, embora saibamos que hoje não é mais assim, carrega um estigma de sofrimento e morte. Cada dia surgem novos tratamentos, menos dolorosos, com maior sobrevida e muitas vezes, a cura. A partir da experiência da vivência do diagnóstico do câncer, a pessoa pode começar a valorizar sua vida como nunca havia feito antes, passando a repensá-la, e vivê-la como se cada minuto fosse o único sem significar que seja o último.

DETECÇÃO PRECOCE:

- Sinais e sintomas: é importante que as mulheres observem suas mamas sempre que se sentirem confortáveis para tal (seja no banho, no momento da troca de roupa ou em outra situação do cotidiano), sem técnica específica, valorizando a descoberta casual de pequenas alterações mamárias.

Os principais sinais e sintomas do câncer de mama são:

• Caroço (nódulo) fixo, endurecido e, geralmente, indolor;
• Pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja;
• Alterações no bico do peito (mamilo);
• Pequenos nódulos na região embaixo dos braços (axilas) ou no pescoço;
• Saída espontânea de líquido dos mamilos

As mulheres devem procurar imediatamente um serviço para avaliação diagnóstica ao identificarem alterações persistentes nas mamas. No entanto, tais alterações podem não ser câncer de mama (INCA - Ministério da Saúde).

- Testes de rastreio (cujos beneficios para o câncer de mama ainda são controversos) o Investigação por imagens médicas
- Mamografia de rastreamento (quando não há sinais nem sintomas) a cada dois anos. Esse exame pode ajudar a identificar o câncer antes do surgimento dos sintomas.
- Ultrasonografia de mama
- Confirmação pela biópsia.

Prevenção Ter uma vida saudável é uma receita certa para prevenir o câncer de mama. Segundo o Inca, 30% dos casos desse tipo de doença podem ser evitados com bons hábitos. Portanto, a primeira ação é mudar a sua atitude perante a vida. Sugestões para se evitar o câncer:

- Pratique pensamentos positivos no dia a dia ? Aprenda a lidar com os problemas de forma mais otimista; ? Viva sua vida do jeito que você quer, se importando menos com o que os outros pensam;

- Permita-se expressar seus sentimentos, sem guardar mágoas ou ressentimentos

- Adote um estilo de vida saudável:

• Mantenha um peso ideal;
• Coma muitos vegetais, frutas e grãos integrais,
• Seja vacinado contra certas doenças infecciosas
• Evite comer muita carne vermelha processada,
• Evite ingestão excessiva de álcool,
• Evite o fumo e qualquer tipo de droga,
• Evite demasiada exposição à luz solar.

- Gerência do estresse;

• Seja mais flexivel e adote um tempo só para você
• Encontre o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal • Saia com os amigos, com a família, viaje, vá ao cinema,
• Encontre uma atividade de lazer que dê prazer,
• Trace metas e realize – uma por vez.
• Aprenda a dizer NÃO

Tratamento

É vital compreendermos que a cura começa na alma. Por isso, precisamos abrir a mente para a o Espírito imortal, a verdadeira fonte de toda a vida. Sendo assim, o tratamento deve ser direcionado para a cura do doente e não somente da doença.

Ao aceitar o tratamento, há um comprometimento com sua cura e uma grande chance de mudar o resultado. Ao contrário, se o paciente não aceita o diagnóstico, automaticamente vai rejeitar o tratamento, e será grande a chance de fracasso. O tratamento bem orientado interfere diretamente no prognóstico e na perspectiva de vida futura do paciente. Já vimos a importância do estado emocional e por isso é fundamental o acompanhamento psicoterápico a essas pessoas.

O tratamento do cancer costuma envolver e combinar radioterapia, cirurgia, quimioterapia, mudança de hábitos e de alimentação, psicoterapias e tratamentos energéticos.

- A gestão da dor e dos sintomas é uma parte importante do tratamento. Os cuidados paliativos são particularmente importantes para os doentes com cânceres em estágios avançados.

- Abordagens fenomenológicas como a Terapia Transgeracional, possibilitam encontrar as raízes do bloqueio energético em suas origens, dissolvendo os engramas e restabelecendo o fluxo de vida.

- Tratamentos que visam o reequilíbrio da Energia Vital, como Acupuntura, Shiatsu, Reiki, Magnified Healing, Tetha Healing, Massagens, Passes, etc., auxiliam o restabelecimento do fluxo. Mas o tratamento deve ser proposto e realizado por profissional habilitado, para que o câncer não se espalhe pelo corpo.

Finalmente, lembro que toda a cura vem do Espírito, de Deus. Profunda é a afirmação de cura a seguir:

Senhor, Tu és Onipresente
Tu estás em todos os teus filhos
Desperta Seu poder de cura
No corpo, na mente e no espírito de (fulano).








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